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Classificação: (6/10) |
“You think it is over, but the games have just begun.”
O problema é quando esses jogos, anteriormente, bem escritos, pensados e, acima de tudo, bem concretizados, se começam a tornar apenas máquinas de fazer lucro e onde se começa a evidenciar, de forma bem clara a falta de capacidade para se criar um argumento à altura. É principalmente disso que sofre este novo capítulo de Saw. Se o primeiro era um bom exemplo no que respeita ao conteúdo e forma, se o segundo e, apesar de tudo, até o terceiro ainda me conseguiram convencer, este quarto capítulo é de todas as perspectivas o mais fraco.
Não existe praticamente argumento, a história até tenta ser atraente, revelando o passado de Jigsaw, mas é filmada de forma desprovida de qualquer tipo de interesse para o espectador. Além disso, nos capítulos anteriores, a história desenrolava-se como um puzzle, no início do filme as peças encontravam-se dispersas e no fim tudo encaixava na perfeição, algo que não acontece neste. Chegamos ao final sem perceber o porquê da obra continuada e ainda pior, o porquê daquela personagem a ter continuado. O que deve ser referido num próximo…
Faltam também as imagens marcantes, actores que nos cativem, uma montagem cheia de ritmo e não uma overdose de planos sem qualquer nexo e continuidade narrativa, que é o que nos é dado. Falta um final estrondoso, como em quase todos os anteriores, falta paixão na entrega ao filme, que faz transparecer, de forma óbvia, as verdadeiras razões pelas quais esta saga de Saw já “tem” em produção o V: o lucro.
Todavia, é sempre bom ver Tobin Bell. Gosto particularmente da expressão do olhar do actor e da voz (manipulada ou não), até porque o filme roda praticamente todo à sua volta, explicando um pouco a sua “essência” e as suas motivações. Também alguns elementos de continuidade narrativa foram bem escolhidos, ainda que para muitas pessoas isso acabe por não interessar muito, o que é compreensível.
No fim, um filme facilmente esquecido, fraco e que cada vez mais me faz questionar se não deveriam ter ficado pelo segundo, máximo dos máximos terceiro.
O MELHOR: O actor Tobin Bell, que dá vida a Jigsaw.
O PIOR: A falta de argumento que, no geral, se traduz por uma muito infeliz sequela, com um final desinteressante. É esperar pelo próximo, infelizmente note-se.
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