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Classificação: (6.5/10) |
"What did he find now, Atlantis?"
Independentemente de ter ou não qualidade, de ter poucos ou muitos pontos fracos, esta sequela, consegue mais uma vez, ultrapassar, facilmente, filmes como “The DaVinci Code” e muito provavelmente o próximo que se advinha, “Angels and Deamons”. Apesar das muitas falhas que este “Livro dos Segredos” possa conter, não deixa de ser um filme que consegue entreter e é importante perceber, que entreter é o principal, senão mesmo o único objectivo deste filme.
Todavia, quando observado mais ao pormenor saltam à vista as falhas do costume, típicas das sequelas. O argumento, por mais que se goste é mais do mesmo, no entanto desta vez, sem a magia e a originalidade do primeiro. Não tem a força narrativa do anterior, e isso é evidente nos diálogos (alguns quase ridículos) e, principalmente, sem o dinamismo e a energia que davam vida aos personagens e até mesmo ao filme.
Desta feita temos neste “Livro dos Segredos”, uma primeira parte sem qualquer ritmo - vê-se mas não nos agarra de maneira nenhuma. Consegue piorar, quando nos são dadas duas das mais caricatas cenas - a sequência na Casa Branca e a do palácio de Buckingham – juntas representam bem a falta de trabalho em criarem situações verosímeis e com alguma lógica. Outro aspecto que não me agradou muito, foi, mais uma vez, terem posto um vilão, que não está de maneira nenhuma à altura do protagonista. Mais uma vez, o vilão do filme pouco sabe de História ou seja lá do que for e apenas recorre à “violência” para alcançar os seus objectivos. (Pelo menos uma vez gostava de ver alguém que soubesse mais que o protagonista, colocando-se assim sempre na dianteira, obrigando Ben Gates quase a passar para o papel de vilão, ou de arqui-rival, tendo de recorrer ao máximo das suas capacidades para o conseguir acompanhar.)
Por fim, o filme ganha a relevância desejada a partir da sequência em que ficam presos dentro da cavidade rochosa, adquirindo pela primeira vez a emoção, tensão, acção e tendo momentos cómicos bem conseguidos, que deveriam ser a principal pretensão do filme e que eram presença constante no seu antecessor.
Ainda assim um filme que entretém e do qual talvez não se saia defraudado. A mim, pessoalmente pouco me transmitiu e marcou, mas como disse no início, ultrapassa em larga escala objectos muito semelhantes. Um bom jeitoso para a época.
O MELHOR: A última parte do filme onde finalmente é atingido o pico de tensão, acção, aventura e onde, pela primeira vez, senti emoção ao ver o filme. Uma palavra ao elenco que, apesar de ter sido reforçado, conseguiu manter a qualidade. E finalmente vejo Nicolas Cage a fazer um bom, não óptimo, mas bom papel.
O PIOR: Situações absolutamente surreais e mais uma vez um vilão muito fraquinho para a categoria evidenciada pelo trio de protagonistas. Harvey Keitel demasiado secundário.
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