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Classificação: (7/10) |
"Are you the one they call Beowulf?"
Tenho de admitir que os primeiros minutos de filme me semearam a dúvida: “mas isto é um filme ou é um daqueles videojogos totalmente inovadores que tanto gosto de jogar?!” (até porque entre eles o espaço é cada vez menor). Felizmente com o tempo lá me consegui desligar do factor jogo para entrar no universo do cinema, do filme em si e daquilo que este me transmitia.
E Robert Zemeckis é de facto um inventor destas novas tecnologias e acima de tudo um inventor de sucesso (basta lembrar o acontecimento “Quem Tramou Roger Rabbit?”). Visualmente o filme é um êxito, deslumbra e facilmente nos deixa fascinados com a tamanha espectacularidade de algumas imagens. Este fascínio é, por outro lado, levado ao extremo porque existe a necessidade de ter sempre na imagem um elemento de referência (seja ele qual for - um ramo de árvore, um dos actores, qualquer coisa), que nos consiga proporcionar aquela sensação de profundidade que de outra forma não teríamos. Os constantes movimentos tangenciais a objectos é outro exagero, na minha opinião, não é que fiquem mal, mas a partir de uma determinada altura percebemos que não é mais do que um subterfúgio visual que acabam por nos deixar maravilhados, é certo, mas que no fim acabam por saber a pouco.
No final dei por mim a pensar… mas será que a história era realmente importante?! Ao lado ouvia os comentários: “o filme é espectacular”, “fantástico”. Mas o mais curioso foi a seguinte pergunta, “mas isto afinal é animação?!”. E cheguei à conclusão, que se havia dúvidas quanto ao facto de ser animação ou não, o mais provável é que ninguém naquela sala, quase cheia, tivesse entrado por causa da história. Quanto à história em si, acho que ninguém se vai opor quando a defino de muito fraca, pois nunca chega a cativar verdadeiramente e também segundo o que ouvi, e confesso senti, chega a cansar, isto apesar do elenco fantástico, da música quase sempre bem introduzida e da excelente realização e tudo o que a compõe. O problema, se é que chega a ser um problema, é mesmo a história.
No fim, apenas fica o feeling de se ter visto um filme em 3D e é pena porque se ao aspecto visual se conseguisse juntar uma história com capacidades semelhantes, o filme ficaria, sem qualquer dúvida inesquecível, ainda que para muitos já o tenha sido.
O MELHOR: Toda a concepção visual e o factor 3D que facilmente nos convence.
O PIOR: A história, que praticamente não existe. Mas por outro lado… quem é que quer saber da história neste tipo de filme?!
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