Quarta-feira, 26 de Setembro de 2007

Crítica: "The Bourne Ultimatum"

 Classificação:  (8/10)

 

 

"This is where it started for me… This is where it ends"
 

 

Tenho de confessar – tive de esperar por um filme, no mínimo, interessante para voltar às minhas críticas neste grande blog do nosso amigo Filipe. Antes de Ultimato, vi Next e achei que quaisquer que fossem as palavras a utilizar, todas seriam simplesmente mal empregues para tamanho disparate de filme (Nicolas Cage está evidentemente em baixo de forma, mas os maus momentos não são eternos e cá os esperamos na sequela de National Treasure, que, pelo trailer, promete).


Esta foi a razão pela qual se prolongou a minha volta ao serviço. Mas felizmente a minha rentrée é feita com um bom filme. Coincidente com o último capítulo de uma trilogia, o final da história do assassino amnésico Jason Bourne, segundo o que ouvi, não agradou a muitos, apesar de concordar com algumas dessas opiniões, ainda assim parece-me interessante.


O argumento é simples, sem a pretensão de ser intelectualmente estimulante. A acção sim, é complicada e com sequências memoráveis. Paul Greengrass consegue um excelente filme de acção e com uma qualidade técnica acima da média. A sequência na estação dos comboios é um exemplo perfeito dessa mestria. A sua realização, montagem, música e toda a construção cénica constroem uma cena de antologia, com a curiosidade de ter sido filmada no meio da multidão, sem que as pessoas, pelo menos algumas, se apercebessem. A perseguição no final pelos telhados de Tânger é de encher o olho a cada plano.


Os actores, tanto o principal como os secundários, estão muito bem nos seus papéis. A história é essencialmente sustentada nas suas representações. A música de John Powell encaixa na perfeição no ritmo estonteante da narrativa e é um elemento fundamental nas sequências mais mexidas. Percebe-se a sintonia entre o compositor da banda sonora e a realização, pois, no filme, é perceptível que entendeu o que lhe foi pedido. Refiro-me à sequência, em que Matt Damon luta com o último agente mandado para o matar. Depois da cena dos telhados, Bourne entra pela janela (plano genial), essa movimentação é sempre acompanhada com música. Mas quando o combate começa, a música pára, ouvindo-se apenas todos os sons inerentes a uma luta corpo a corpo, o que acaba por impressionar quer se queira quer não. Todo o som do filme está muito perfeito, tendo em conta que 90% é concebido em pós-produção. Aliás a parte técnica é o ponto forte deste filme. Os efeitos especiais, são muito competentes e foram preferidos em relação aos efeitos digitais, que ainda assim foram utilizados nalgumas cenas.


A categoria que mais elogiei – técnica da realização e consequentes movimentos de câmara – é também onde encontrei o único aspecto negativo que me incomodou no filme. Apesar de ter gostado do ritmo frenético do filme, não consigo, nem sequer, começar a simpatizar, com os movimentos de câmara muito próximos da acção, apesar de ser uma técnica cada vez mais recorrente. Se por um lado trás uma inserção do espectador na tela, por outro lado também cria um certo cansaço visual, visto que o espectador quer sempre ver o máximo do que se está a passar, e por vezes os planos são tão rápidos, que a nossa visão simplesmente não consegue acompanhar.


Ultimato é na minha opinião, um bom filme e um excelente filme de acção, com os ingredientes necessários para nem se dar conta das duas horas e qualquer coisa a passar.


O Melhor: As sequências de acção e Matt Damon.


O Pior: Uma câmara muito tremida em certas alturas e um final que apesar de não ser mau, acaba por não satisfazer.

publicado por OlharCrítico às 12:44

editado por CinemaBox em 02/10/2007 às 10:39
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