Sexta-feira, 13 de Julho de 2007

Crítica: "The Transformers"

 Classificação:  (8/10)

 

 

Ratchet: "Why are we helping the humans? They are a primitive, and violent race."

Optimus: "Were we so different?"

 

Quando se começou a falar de Transformers, muitos foram os fórums, as discussões sobre quem faria o quê, quem representaria quem, mas acima de tudo como seria o resultado final. Após muitos meses de discussão, Transformers finalmente estreou, e goste-se ou não, é na minha opinião, um filme praticamente imperdível. Tenho afirmado em críticas anteriores a necessidade de se perceber qual o tipo de filme que nos preparamos para ver. Isto porque quem for à procura de um grande filme, vai de certeza ao engano. Por sua vez, quem for à procura de puro de entretenimento, onde espera divertir-se e mandar umas boas gargalhadas, encontra em Transformers o filme ideal. Não quero dizer com isto que o filme está reduzido a um objecto de fraca qualidade, não é isso, simplesmente pretende entreter o espectador.


Começo por referir aspectos técnicos. Michael Bay, já todos o conhecemos, principalmente do ponto de vista da realização. E de facto é um realizador que, apesar dos seus grandes sucessos, continua a cair em erros, que para mim já deveriam ter sido ultrapassados. Como exemplo, a estranha mania de colocar sempre a câmara demasiado próxima dos seus protagonistas, o que em cenas de grande acção e densidade visual, faz com que o espectador perca o norte à sequência, por mais espectacular que esta seja. Outro dos aspectos que me incomoda particularmente é a notória falta de capacidade de se desligar do mesmo género de imagens, já tantas vezes vistas em filmes anteriores (um filme de Bay sem uma perseguição de carros, igual a tantas outras, não é um filme de Bay).


Todavia nota-se uma evolução. O melodramatismo "fácil", presente em Armageddon e afins, não se vê neste filme. E chega-nos a apresentar uma ou outra sequência mais tocante (quando Bumblebee é apanhado é para mim a mais comovente), sem recorrer à choradeira típica dos protagonistas, sempre emocionalmente muito bem caracterizados.


Os robots estão perfeitos. Tecnicamente convenceram-me e achei muito interessante a capacidade emocional destas máquinas que transmitem muito das suas "emoções" a partir de expressões faciais (Optimus Prime) e expressões de olhar (Bumblebee). No que respeita aos efeitos visuais e especiais estão todos exemplares e visualmente deliciaram-me durante as duas horas e qualquer coisa de filme.


Todos nós, também, já sabemos o que são os argumentos dos filmes de Bay. Fracos em geral e este não foge à regra. O que nos é apresentado, encaixa na história e no desenrolar desta, mas olhando com mais objectividade a história é fraca e isso reflecte-se nos personagens que são apresentados. Se no lado dos "bons da fita", todos me parecem personagens relativamente bem definidos, divertidos e muito bem caracterizados. No lado "dos maus" a coisa não é famosa. Megatron aparece pouquíssimo, para não dizer nada, fala ainda menos do que aparece e isto é caracterização geral do lado dos "Decepticons". Certo que uma sequela deve estar em mente, ainda assim, parece-me que se deveria ter explorado mais o lado dos vilões.


Quanto aos humanos, LaBeouf está muito bem no registo pretendido, uma agradável surpresa, tal como o pai deste que pelo trailer já dava a entender a capacidade cómica que vem de encontro a todo o filme. A vertente cómica é muito bem utilizada, porque dá uma imagem mais cómica a um filme que fala sobre máquinas de guerra e de destruição massiva (e estas existem mesmo).


Em suma, apesar de toda a polémica, de algumas modificações dos personagens originais (que a mim em nada afectou) Transformers parece-me um agradável exemplar de blockbuster de Verão. Vive de uma grande campanha de promoção, com uma história à altura do filme que pretende ser. Pessoalmente diverti-me imenso, fiz como que uma viagem ao passado, quando as manhãs de Sábado eram preenchidas a ver os Transformers. Apesar de ser certo que o vou ver outra vez, resta-me dizer que Bay não destruíu de todo este filme (como muitos diriam que ia acontecer), só me resta esperar que a sequela seja realizada por Spielberg, sim porque numa sequela, o argumento tem que ser muito mais desenvolvido. Para terminar, é um dos melhores filmes, do género, que vi este ano.


O melhor: o humor, o entretenimento e os efeitos especiais/visuais.

O pior: a falta de densidade no argumento, já recorrente nos filmes de Bay.

publicado por OlharCrítico às 20:48
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