"My diamonds!..." – Al Pacino
O antes deste terceiro capítulo é desde logo muito interessante. O trailer, não era um dos mais apelativos da "trilogia", era engraçado e mostrava q.b. aquilo que se poderia ver (um erro recorrente - os trailers mostrarem demasiado). Percebíamos que tínhamos o humor a que Soderbergh já nos habituou, o mesmo perfil dos personagens e alguns "amigos" novos, verdadeiros ícones na história do cinema, prontos a complicar a vida ao nosso grupo de aliados.
Mas Soderbergh é mais perfeito que na sequela anterior. Os pormenores estão lá todos, independentemente de pessoalmente me agradarem ou não. O toque do telefone de Brad Pitt, memorável; a "relação" de Brad Pitt e George Clooney simplesmente genial, eles entendem-se sem precisarem de falar; Matt Damon e a sua família, são de rir; a ida ao México e a "pequena revolução" com base na Tequilla Zapata para reivindicar um aumento de três dólares são sequências que, tal como algumas no primeiro, ficam na retina. E há algo que acho ninguém pode contra-argumentar - todos os actores se divertem a fazer este filme. Basta interpretar o que eles nos transmitem para se conseguir ver o brilhar dos olhos e, talvez por isso, o filme, ou os filmes, consigam sempre aparentar um ar tão cool, descontraído e bem-disposto.
No grafismo está o que menos me agradou, aqueles números e os "titles" no genérico inicial e durante o filme, pessoalmente não concordo com a escolha, apesar de conseguir perceber a decisão estética. O primeiro plano (plano-sequência) que persegue Brad Pitt, está fantástico, mas lá no meio tem um ou outro que até causam algum desconforto ao espectador, mas quem conhece o trabalho do realizador, já quase nem estranha, mas que ainda assim não me agradam.
Comparando com os dois filmes anteriores, algo faltou neste. No primeiro a história recaía sobre Clooney, no segundo sobre Pitt e neste não tem ninguém onde sustentar o argumento, ou seja, temos muitas personagens para referir (problema recorrente nos últimos filmes que vi), o que acaba por se reflectir numa certa falta de ritmo no desenrolar da história. Mas nada de preocupante, o filme vê-se muito bem.
Filme a ver para esquecer um dia repleto de problemas. É descontraído, conta uma história que capta a atenção de todos (um bom assalto é sempre um argumento irrecusável) e ainda se faz acompanhar de um brutal elenco de actores, todos eles sempre muito bem. A música consegue de forma eficaz acompanhar todo o filme. Atinge em cheio os objectivos aos quais se propõe- Entreter. Um filme de entretenimento, que nunca vai estar entre os melhores da história do cinema, mas que de certeza está na minha lista de preferidos.
O Melhor: O ritmo descontraído de todo o filme.
O Pior: Alguns aspectos estéticos e alguns planos menos conseguidos.
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