Segunda-feira, 29 de Junho de 2009

Crítica: "Transformers 2: Revenge of The Fallen"


 Classificação:  (6/10)

 

“Mais” não tem que ser implicitamente “melhor”. Fui ver “Transformers 2: Revenge Of The Fallen” com alguma expectativa mas não muita confesso até porque conhecendo a filmografia do realizador, nas vezes que fez sequelas, o resultado digamos não foi propriamente o melhor. Realmente tinha-nos sido prometido mais e melhor e da mesma forma que me parece que alguém se esqueceu da segunda parte também me parece que confundiram “mais” com “a mais”.


Transformers tem demasiadas personagens e demasiado tempo em personagens que chegam a irritar. Ser-se cómico não implica necessariamente que se seja estúpido e algumas piadas protagonizadas pelos pais de Sam (que no primeiro até conseguiam ter graça) chegam a ser dramáticas de tão idiotas serem. São demasiados robots e todos acabam por aparecer pouco tempo e rigorosamente nenhum consegue apresentar pontinha que seja de caracterização. Até os transformers que já vinham do primeiro não tem qualquer tipo de caracterização. A título de exemplo, a relação de Bumblebee com Sam é inexistente, não tem qualquer tipo de exploração ou aprofundar. A verdade é que se trata de uma sequela ainda que por aquilo que nos é constantemente apresentado facilmente se pense que apenas se trate de um primeiro capítulo. E não podendo afirmar com toda a certeza, tenho a impressão que Bumblebee (apenas como exemplo pois poderia facilmente escolher outro), aparece em menos planos do que aqueles em que podemos literalmente contemplar o poderio militar americano. O Devastator, por muito perfeito que esteja na sua composição digital, aparece apenas durante 10 minutos de filme, se tanto e o mesmo acontece com muitos dos outros robots que não tem tempo para protagonizarem um filme ao qual dão nome.


Relativamente ao argumento, não posso deixar de dizer que tem algum, mas também não posso ir mais longe. Continua a ser demasiado previsível e cheio de clichés bem ao género do cinema de Bay. Neste segundo capítulo não se trata de um filme sobre robots, isto é de forma evidente e declarada um filme sobre os militares norte-americanos no qual lá pelo meio se resolveu introduzir robots. Eu estou seriamente tentado a ir ver novamente apenas para contar os planos em que aparece tecnologia ou instrumentos militares. Continuando, é muito provavelmente o filme que vi nos últimos tempos com maior quantidade de piadas fáceis, inconsequentes, ridículas e infantis. As primeiras ainda passam mas rapidamente se transformam num sacrifício. Os actores até que se salvam, fazem o que podem e estão ao nível do que nos habituaram no primeiro capítulo. Shia Labeouf sempre muito frenético, Megan Fox sensual quanto baste, os pais de Sam como já referi, tentam a tudo o custo ser engraçados mas sem sucesso. John Turturro também não desilude perante o primeiro, ou seja, continua com uma tremenda pancada mas que lá no fundo penso que acaba por ser bem conseguida. Ramon Rodriguez, uma estreia, tem bons momentos. Os militares são puramente secundários (o quase parece um contra-censo mas não é) e se no primeiro já não apareciam muito agora ainda menos protagonismo têm.


É acção a mais e como se isso não bastasse, muitas das vezes é mal filmada de tal forma que nalguns casos chega a ser gritante a má ligação entre as sequências. Quando é que Bay vai perceber que uma filmagem/montagem rápida não tem que incluir planos que não se consigam perceber? Quando é que Bay vai perceber que a câmara não pode estar tão próxima da acção porque simplesmente não resulta? São muitas explosões muito fogo de artificio, muita corrida, muita confusão, espalhafato e barulho, muita carnificina que fazem com que lá para o meio já deixe de interessar o Optimus Prime, Bumblebee, Megatron, Sam ou outro qualquer personagem e apenas ficamos à espera de ver o que é que Bay vai explodir a seguir! Todavia é precisamente no som que reside o ponto alto do filme. O trabalho de composição sonora para este filme está irrepreensível. O efeitos especiais no geral e toda a componente técnica estão bastante aprimorados, e é devido a isso que leva a classificação que leva, pois de outra forma seria significativamente mais baixa. O realizador recorre-se do slow motion em quantidades industriais e afastar ligeiramente a câmara do ponto de acção era suficiente para mostrar ao espectador o que pretende de uma forma eficaz. Por tudo isto parece óbvio que diga que o filme é demasiado extenso. É demasiado tempo perdido com assuntos e personagens redundantes que só atrasam o filme.


Em suma, não ia à espera de visionar uma obra de arte, é certo, mas ia à espera de ver algo bem melhor (e até maior) do que aquilo que me foi apresentado. Também eu gosto de um filme com largas doses de adrenalina, acção, pancadaria entre robots e tudo mais, mas gosto principalmente quando é bem feito. O primeiro capítulo, com todos os seus defeitos e virtudes, acaba por ser um produto mais equilibrado e coerente que no fim me agradou sobremaneira. Tudo estava mais ou menos nas proporções certas. O principal problema deste segundo capítulo reside, a meu ver, na realização que resulta num tremendo falhanço. Michael Bay é uma criança com corpo de adulto e este filme comprova e esclarece algumas dúvidas que ainda poderia ter. Não sabe para mais ou não quer saber para mais. Tal como Ron Howard, ver um filme de Bay é ver todos os seus filmes. Do ponto de vista técnico é muito competente mas não tem a mínima qualidade para estar à frente deste tipo de filmes. E a partir daqui vai ser sempre a descer isso é certo. Pena, porque Transformers é muito mais que isto e acima de tudo muito melhor e consequentemente necessita de ter um realizador que consiga ver mais e mais além das tão já vistas e gastas explosões, perseguições de carros, montras de consumíveis do exército americano, piadas fáceis ou até melodramas chungas. Estou cansado deste tipo de cinema.


O MELHOR: A componente sonora e visual.


O PIOR: A realização de Bay que já chateia.

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Sexta-feira, 26 de Junho de 2009

Nunca um ADEUS mas sim um ATÉ JÁ!

 

Esta semana vou deixar, ainda que muito ligeiramente, o cinema um pouco de lado, principalmente devido à onda de choque com que fui invadido ontem enquanto via televisão e a emissão foi interrompida para dar a notícia da morte do cantor Michael Jackson. Não é que considerasse o senhor imortal até porque a aparência poderia indicar tudo menos imortalidade e também não é que seja um fã incondicional ainda que partilhasse um imenso gosto por algumas das suas obras mas é acima de tudo um choque porque ficámos privados de mais um génio e de um criador fora do comum. Desta feita a sua velocidade de pés e agilidade física não foram suficientes para fintar aquilo que o destino um dia mais tarde partilha e reserva para todos nós.


A sua música não só marcou uma inteira geração como também influenciou diversos músicos. Michael Jackson tinha um estilo inconfundível, praticamente iniciou um estilo de dança totalmente novo, introduzindo os elementos das agora entre nós tão conhecidas técnicas de dança, como o robot e o moonwalk. A sonoridade musical que misturava black music e disco facilmente entra no ouvido. E goste-se ou não, tinha uma voz com um timbre característico e muito próprio. É impossível não se falar deste cantor sem nos virem logo à cabeça uma enormidade de canções e êxitos conforme os gostos de cada um.


Thriller ainda é apenas e só o álbum mais vendido da história, o videoclip da mesma música continua a ser um dos mais espectaculares de sempre e dos mais caros da altura. São imensos os exemplos que poderiam ser referidos tais como; Billie Jean, Bad, The Way You Make Me Feel, I Just Can´t Stop Loving You, Man In The Mirror, Don´t Stop Til You Get Enough, Beat It, Black or White, They Don´t Care About Us, Scream, Invencible entre muitos outros. Os números ligados à grande maioria destes singles são simplesmente arrebatadores e evidenciam o poderio musical que Jackson representava e indiscutivelmente representa.


Porém a carreira de Michael Jackson não foram só sucessos. Vários escândalos, alguns difíceis de contornar, acabaram por encobrir o anterior sucesso do cantor e que largamente foram ampliados pela imprensa no geral. As suas “macacoas” faziam de Jackson um alvo tentador e foram várias as vezes em que esteve debaixo das luzes dos holofotes mas não pelas melhores razões. À parte de acusações de pedofilia, de bebés pendurados na varanda e de outras situações menos felizes, Jackson possuía também um coração solidário.


Desde concertos de caridade para crianças e jovens, a gravações de canções para angariar fundos para as vítimas do 11 de Setembro, à criação de associações de ajuda humanitária com músicas como Heal The World, a músicas de cariz ambiental e uma das minhas preferidas de toda a sua discografia com um videoclip muito representativo, Earth Song, Jackson partilhava assim com o mundo a sua posição e as suas preocupações.


É isso que fica na sua despedida. A música, o estilo inconfundível, os sons, a sua originalidade e genialidade e a sua passagem por Portugal bem como as suas palavras, “I Love You” no início e “Peace” na despedida. Fica para os fãs aqui a minha palavra de reconhecimento por um talento inato, uma palavra de apreço à impressão inextinguível que trouxe e deu ao mundo da música e cultura deixando-as para sempre marcadas. Michael Jackson era e é “O Rei do Pop” para o qual um adeus é pouco… prefiro sempre deixar um simples até já a uma estrela que dificilmente irá deixar de brilhar…

 

Até para a semana!

 

 

publicado por OlharCrítico às 17:23
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Sexta-feira, 19 de Junho de 2009

O TERROR, o drama, a emoção… e por aí fora

 

 

Já todos nós vimos pelo menos um filme de terror. Ver um filme de terror é mais ou menos como andar numa montanha russa com vários loopings, curvas apertadas, subidas e descidas íngremes, de preferência, que sejam mesmo a pique. O espírito humano gosta da sensação e da descarga de adrenalina quando o corpo passa por alguma situação que assim o exija. Por isso ver um filme de terror é uma maneira “segura” de apanharmos uns valentes cagaços que normalmente terminam num sorriso parvo resultante do nervoso miudinho e que em casos mais raros culminam com uma manifestação física sonora, mais conhecida por grito.

 

Assim se quisermos realmente vibrar com um filme do género Terror, ou outros possíveis subgéneros aproximados, o melhor mesmo é não irmos ao cinema com um grupo considerável de amigos, pois o mais certo é aquilo transformar-se numa pura comédia com as bocas, os possíveis erros crassos que se possam eventualmente encontrar e as “sugestões” do pessoal. Outro dos aspectos importantes é que ninguém se deve esquecer de retirar os tampões dos ouvidos antes de entrar para o cinema. Porque hoje em dia o que verdadeiramente assusta neste tipo de filmes são as variações bruscas do som/ música que muitas das vezes nem ao luxo se dão de estar de alguma forma sincronizadas com a imagem. Ou seja, se não ouvirmos estamos safos porque não haverá cagaços para ninguém.

 

Por outro lado cada vez mais o cinema de terror opta por chocar o espectador a partir do que este visiona na tela. Tendem a ser mais explícitos (mais sangue, órgãos e partes da anatomia humana a saltar por todos os lados) e tendem a ser mais perfeccionistas na técnica de filmagens, recorrendo essencialmente a planos sempre muito aproximados do actor/ actriz para realçar o pânico, drama, literalmente o terror da personagem, para que esta consiga atingir de forma emocional o espectador. Pessoalmente confesso que quando era mais novo via de tudo, era um autêntico Schwarzenegger dos filmes de terror, nada me impressionava ou marcava, e agora o disco já não toca da mesma forma. Aqui entre nós até já pesadelos tive com algumas personagens do universo de terror. A idade não perdoa mesmo meus amigos.

 

Todavia continuo a ser um adepto dos filmes de terror, ou dito de outra forma sou um ser bravo e altamente corajoso que enfrenta os seus medos. A fórmula deste género de filmes mudou consideravelmente com o passar dos tempos. Existe mais primor, mais rigor nas técnicas utilizadas, consegue-se um realismo praticamente perfeito (nalguns casos chega a ser assustador), mas por outro lado os filmes de terror tornaram-se em puros consumidores de carne humana profissionais. Digo isto porque antigamente havia normalmente um sobrevivente que ficava para contar a história ou mais que não fosse para dar azo a uma possível sequela. Na actualidade e na grande maioria dos filmes de terror a malta ou morre toda ou deixa implícito que ninguém teve a capacidade, inteligência ou infra-estruturas para conseguir dar um enxerto de porrada a um qualquer Jason Voorhees, Michael Myers, Freddy Krueger ou até um pequeno ou grande zombie que ande para aí perdido.

 

Alguns dirão que estas chacinas são algo desmotivantes e isentas de mensagens e realmente há dias em que me apetece ver um filme que tenha um final cor-de-rosa. Mas às vezes também só me apetece ver um filme tecnicamente bem executado e que consiga basicamente, assustar e pôr-me o coração a saltar pela boca. E exemplares que consigam atingir este efeito em mim, devo confessar, são pouquinhos. E algo me diz que não devo ser o único com este sentimento. Quanto aos possíveis finais cor-de-rosa pessoalmente prefiro ver um filme que me consiga causar sensações e emoções do que propriamente terem de se apresentar com a obrigação de possuírem um final dito feliz. Neste caso e apenas nalgumas vezes dou primazia à técnica e à interpretação. Mas também reconheço porque é a mais pura verdade, faltam bons argumentos para filmes de terror. É excessivamente comum ficarem demasiados assuntos pendentes e da mesma forma muitas situações por explicar.

 

Apesar de tudo isto cá vou continuar a assustar-me ou a divertir-me (dependendo do filme). É um género muito interessante, com uma fórmula bem definida e que actualmente tem produzido bons resultados, como é o caso do REC, no qual já uma sequela se aproxima. REC foi de facto um dos filmes que mais mexeu comigo mas muito se deve à fantástica interpretação de todos os seus actores e respectivas personagens. Parte aliás que é normalmente pouco trabalhada e na qual pouco se investe em actores mais habituados nas artes interpretativas em prol de miúdas giras com peitos ainda mais giros. Uma coisa é certa, já sei que quando estiver a tomar banho ou a sair dele, só com a toalhinha a cobrir-me e ouvir um barulho… a última coisa que vou perguntar é “quem é que está aí” e a última coisa que vou fazer é ir investigar. Arre pernas para que te quero, porque vou é meter-me a correr sem por um segundo pensar em olhar para trás. Ou então posso sempre nessa altura gritar… “CORTA”!!!

 

Até para a semana!

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Novos posters de "Sherlock Holmes"

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Trailer (do caraças) de "2012"

 

Depois de um teaser prometedor, chega-nos finalmente o trailer oficial de "2012", o novo filme de Roland Emmerich, e deixem-me dizer-vos, para mim este video redefiniu o conceito que eu tinha da palavra apocalipse. A história poderá não trazer nada de novo, mas em termos visuais... Uau! Este não vou perder definitivamente. Vejam o trailer aqui.

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Sexta-feira, 12 de Junho de 2009

Futebóis

 

Com o recente “Star Crossed” e independentemente de algumas considerações e opiniões que já tive de oportunidade de ler, pois eu ainda não vi o filme, emergiu no meu pensamento uma conversa que já tive há algum tempo com o Filipe, sobre os variados tipos de desportos retratados no cinema. Lembrou-me particularmente de uma frase em que dizia, “é impressão minha ou o futebol nunca teve um filme à altura do desporto em si?”

 

Realmente são imensos os filmes que se dedicam por inteiro à transposição de um determinado desporto para a tela. Há por outro lado, desportos que até quase que já cansa ver no grande ecrã, como são os casos do futebol americano e basebol. Ainda que de uma forma bastante safada me continuem a escapar alguns pormenores sobre as regras de ambos os desportos. Safadezas à parte a verdade é que quase todos os desportos têm pelo menos um filme que se pode considerar bastante bom, ou acima de média. “Duelo de Titãs” e “Um Domingo Qualquer” ficaram sempre no meu pensamento na categoria de futebol americano, “Bobby Jones” ou “A Lenda de Bagger Vance”, no que diz respeito ao golfe, “Wimbledon” relativamente ao ténis, “The Rookie” ou “Campos de Sonhos” para o basebol e entre muitos outros desportos lá pelo meio. Relativamente ao tema em discussão não posso deixar de referir o “Victory” e o mais recente “Golo”, ambos alusivos ao nosso tão conhecido (e fundamental, às vezes parece que o povo Português não conseguiria viver sem ele…) futebol.

 

Concretamente no futebol, assim de repente são esses dois que me vêm à cabeça, apesar de saber da existência de outros como “Grace” e alguns provenientes de outros continentes e culturas que confesso, não consigo recordar agora os títulos. Portanto a questão colocada pelo nosso amigo Filipe parece ganhar cada vez mais densidade e pertinência. Pessoalmente e remetendo-me ao mais recente “Golo”, acho que se trata de um filme interessante, provavelmente um dos que mais usufruiu de imensos recursos, mas que no fundo e no que objectivamente diz respeito ao desporto, não consegue captar a essência do jogo no relvado. Aliás foi algo que nunca tentei mas pelo que tem sido feito, parece haver uma tremenda dificuldade em filmar futebol como deve de ser, igualando por sua vez, o que se faz com outros desportos que são retratados de forma fiel e mais realista.

 

Aqui entra “Victory” que penso que em Português foi traduzido para “Fuga para a Vitória”. Continua a ser, pelo menos para mim, o supra sumo dos representantes do futebol na sétima arte. Não só pela história, não só pelo Pelé mas acima de tudo pela capacidade de nos mostrar o futebol em si, muito próximo do que nós conhecemos dele. Uma filmagem interessante recheada de pormenores cativantes que no fundo se fundem com o desporto em si e com a equipa que o pratica. Quando vejo um filme sobre futebol, fico sempre com aquela sensação estranha, que é um desporto que se joga apenas com um elemento, que finta tudo e todos, que marca recorrentemente golos de pontapés de bicicleta que faz grandes fintas sem que ninguém lhe dê uma valente de uma sarrafada que lhe tire o raio da bola. Algo que não senti enquanto visionava “Victory”. Sim, após algumas considerações a verdade é que se me perguntassem qual seria o melhor filme que vi sobre futebol – e apesar de reconhecer algumas mais-valias a alguns exemplares mais recentes… escolheria com toda a certeza “Victory”. À grande Stallone na baliza!

 

Em suma, dificuldades técnicas ou outras à parte é um facto que filmar futebol é um processo complexo. Não existem assim tantos exemplares que abordem essa temática e os que existem, enfim deixam-nos com água na boca. O que no fundo acaba por dar total razão ao nosso amigo Filipe. Por fim e se formos a ver bem as coisas… nem todos são Pelés ou Cristianos Ronaldos! O que no caso deste último é bom (aliás muito bom) pois de outra forma ninguém saberia onde iríamos estar daqui a três anos, já viram a chatice… mas por outro lado ganharíamos 24 mil euros por dia… ai escolhas escolhas, são sempre tão difíceis…

 

Até para a semana!

publicado por OlharCrítico às 21:52
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Crítica: "Terminator Salvation"


 Classificação:  (6.5/10)

 

Não deixava de ser um filme que esperava com alguma expectativa. Apesar de não se fazer acompanhar de nenhum dos “participantes” dos filmes anteriores a história prometia, embora também sentisse em mim muitas reservas.

 

No fim o filme não é mais nem menos do que esperava. Chuva tremenda (diria mesmo tempestade) de efeitos especiais, eficazes quanto baste, sequências bem filmadas, principalmente as de acção, fugas, perseguições, tiroteios e explosões umas atrás das outras, protagonistas minimamente interessantes e uma história, que tal como eu deixei a sua referência para o fim, a meu ver é no filme muito mal aproveitada.

 

A primeira parte do filme é a referida catarse de efeitos especiais, na qual o argumento custa e demora a arrancar. Para se ter uma ideia desta problemática, só para lá do meio do filme é que se fica a saber um facto prontamente (e desnecessariamente) revelado no trailer. Anda-se a engonhar, quando meses antes o trailer já desvendou aquilo que o filme tenta esconder (ou surpreender) o espectador. À parte disso a história avançou no tempo, relativamente aos seus antecessores pois passa-se num futuro devastado por uma explosão nuclear, controlado pelas máquinas, cada vez mais assassinas e tecnologicamente evoluídas. John Connor continua a sua luta incessante contra tamanho poderio tecnológico como líder da Resistência e desta feita as máquinas reservam-lhe uma tremenda lição de modéstia e integridade, um tema já ligeiramente abordado no segundo filme da série.


Porém não deixa de faltar um enorme aprofundar de temáticas, que seriam muito interessantes de ver – principalmente no que respeita às ligações entre humanos e máquinas – mas que facilmente são descartadas em prol de grandes e complexas sequências de acção, tão ao jeito de Hollywood com os seus típicos blockbusters e respectivo acompanhamento do balde de pipocas a ser consumido vorazmente. Exterminador Implacável merecia definitivamente bem mais!

 

Todavia não posso deixar de referir o notável esforço por parte da realização e argumentistas, de fazer um filme com imensas referências aos antecessores e algumas surpresas lá pelo meio que vão deixar os mais conhecedores das obras prévias, com um sorriso de orelha a orelha. Christian Bale no papel de John Connor é competente ainda que na minha opinião as estrelas cintilantes deste “Exterminador Implacável: A Salvação” fiquem com Sam Worthington como Marcus Wright e Anton Yelchin como Kyle Reese que foram para mim os verdadeiros pontos altos deste último filme da saga. Pequena referência à música de Danny Elfman que apesar de precisar de a ouvir novamente, numa primeira abordagem não me pareceu a mais acutilante para o género de filme que sonorizava. Apesar disso o tema de Terminator ainda lá aparece algumas vezes.

 

No fim é apenas mais um. Tecnicamente competente mas com evidente falta de uma estrutura narrativa mais densa e cativante. E se é verdade que um Exterminador 5 já se advinha fico a pensar se haverá mesmo necessidade de continuar… ou deixar a saga de “Terminator” por aqui e ecoar nos nossos pensamentos os dois primeiros de James Cameron. Para mim já era mais que altura de ficar por aqui.

 

O MELHOR: As piscadelas de olhos e a competência técnica na grande maioria das cenas.

 

O PIOR: A não exploração de um argumento que tinha tudo para ser explorado. Pena.

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Quarta-feira, 10 de Junho de 2009

"Iron Man 2": 1ª foto de Mickey Rourke como Whiplash

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Terça-feira, 9 de Junho de 2009

Trailer de "500 Days of Summer"

 

Foi divulgado o trailer do mais recente filme de Joseph Gordon-Levitt "500 Days of Summer", que poderá ser a próxima pequena grande pérola que todos os anos se costuma evidenciar no Festival Sundance. Vejam o video aqui.

Outra coisa que me chamou a atenção no trailer foi a incrivel semelhança do Gordon-Levitt com o Heath Ledger (confirmem melhor nesta foto). Ele irá participar no próximo filme do Christopher Nolan e de repente passou-me esta idea pela cabeça: poderá essa participação ser um pequeno teste para uma possível cameo do Joker no próximo Batman?

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Crítica: "Six Feet Under"


 Classificação:  (10/10)

 

Há já algum tempo que não dedico este espaço ao panorama televisivo. Curiosamente vou fazê-lo com uma série que já não é propriamente recente. Estreou por cá no Verão de 2002. E confesso foi uma série que nunca consegui (ou quis) acompanhar… até agora. E nestes últimos tempos disponibilizei algumas horas para finalmente ver as suas cinco temporadas. Mais uma vez uma agradável surpresa, no mínimo. Uma típica família Americana – disfuncional portanto – tem como negócio uma agência funerária. Este é o princípio para todo o desenrolar dos episódios, que têm em comum, começarem sempre com a morte de alguém. É essa morte (muitas das vezes bastante cómica e provocatória diga-se) que faz avançar toda a narrativa. De facto é simplesmente delicioso visionar esta temática (normalmente uma austera para nós) que é a morte, com toques absolutamente geniais de humor, bom senso e uma sensibilidade fora do comum. Refiro a morte mas de facto esse é apenas um dos muitos temas que esta série aborda, sendo que muitos deles ainda são bastante “tabu” para a nossa sociedade. É assim uma série dramática, com toques de humor negro que acaba por ser não só divertida – é certo – mas também muito emotiva e comovente.


Grande parte desta genialidade vem da mente criativa de um dos principais argumentistas, Alan Ball (“American Beauty” e “True Blood”) que nos providencia histórias humanas, realistas e emocionantes com temas actualizadíssimos, pertinentes e cativantes. A outra parte responsável por este sucesso, são os actores que personificam as personagens desta história, com as quais facilmente nos revemos e identificamos, que se apresentam extremamente bem definidas e trabalhadas, com as quais conseguem uma aproximação emocional do espectador. Com o elenco encabeçado por Michael C. Hall (o nosso serial-killer preferido do momento em “Dexter”), num papel arrojado (para não dizer mais), Peter Krause de “Dirty Sexy Money”, Rachel Griffiths de “Brothers & Sisters”, Richard Jenkins, James Cromwell e Kathy Bates, facilmente se percebe a mais-valia que é reunir este conjunto de talentos.


Tecnicamente também há muito pouco a referir, pois tudo anda muito próximo da perfeição. Há tempo (e espaço) para tudo acontecer, os planos e os movimentos de câmara estão, na minha opinião, perfeitos e contextualizados ao tipo de série (história) que nos é dada a ver. Agradou-me acima de tudo, nos momentos mais dramáticos, a serenidade e segurança que toda a composição do plano evidencia e onde é perceptível uma harmonia fora do comum. Dá mesmo vontade de dizer que praticamente nada falha.


Em suma, uma pequena pérola dentro do tremendo boom de séries que têm vindo a aparecer nestes últimos dois anos. Pérola em vários sentidos. Porque não é fácil lidar com o tema que têm em mãos e no entanto fazem-no com uma mestria surpreendente. Porque não é fácil manter um nível elevado no decorrer de cinco anos de produção e esse nível é, devo dizer, bastante equilibrado. E acima de tudo porque hoje em dia, tem sido evidente a dificuldade que existe em concluir séries, prolongando-as, por vezes demais do que deveriam, ou ainda mais frequente, dando-lhe finais “demasiado” abertos e inconclusivos. No entanto “Sete Palmos de Terra” apresenta-nos um final – uma sequência de dez minutos no último episódio – simplesmente perfeita e inesquecível. Por tudo isto “Six Feet Under” é simplesmente um “must” no que respeita a séries.


O MELHOR: No geral tudo, no particular a fabulosa sequência final do último episódio.


O PIOR: Nada.

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publicado por OlharCrítico às 00:51
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Sábado, 6 de Junho de 2009

Venha daí o CLICHÉ pois então…

 

Ao ver os últimos episódios de “Prison Break” tive aquela sensação de já ter visto tudo. E mais ou menos a meio comecei a fazer o exercício do “será que consigo adivinhar o que vem a seguir?!” A chuva de clichés, twists (tão fraquinhos) foram tantos que na grande maioria consegui adivinhar, tirando o impacto que a série me poderia ter causado em troca de algumas valentes gargalhadas (nas quais muitas delas já evidenciavam a minha impaciência perante tanto incapacidade demonstrada na escrita do argumento). Fez-me portanto recordar algumas pérolas do cinema relativamente a estes clichés e afins. Apesar de assim de repente ter algumas dessas pérolas presentes na minha memória, fiquei curioso e fiz aquilo que sempre faço quando escrevo alguma coisa. Fui investigar. É impressionante a quantidade de sites com informações deste tipo e as quais não vou conseguir referir nem metade é certo, porque acreditem são imensas, mas que vos peço para se sentirem à vontade para partilharem comigo as que quiserem e acharem pertinentes.

 

- Quantos de nós já desesperamos por um lugar para estacionar o carro perto do local que visitávamos e que não fosse necessário pagar? – Pois bem, em Hollywood, facilmente se arranja estacionamento no qual não é preciso pagar e mais importante ainda, o carro entra sempre (reforço o sempre) de frente e nem são precisas manobras… querem melhor?!

 

- Na vida real costuma dizer-se que as notícias más correm rápido. Nos filmes não. Já repararam naqueles intermináveis diálogos enquanto o vilão aponta a arma ao herói, e engonha e engonha, até que lá aparece alguém para o salvar? Situação caricaturada no filme “O Último Grande Herói”.

 

- E por falar em armas?! Porque é que os vilões têm uma apontaria tão fraquinha? Coitados deve ser frustrante, disponibilizam balas à vontade do freguês e só as pobres das paredes, dos vasos, enfim tudo o que rodeia o verdadeiro alvo é que são atingidas?! E o contrário? O herói disparar e por vezes, são dois alvejados só com um tirinho… é que nem os típicos atiradores furtivos conseguem apresentar estas percentagens de êxito!

 

- Nos filmes de terror também é muito engraçado (ou não) aquele planozinho no final a dar azo à possível sequela… que só dá mesmo vontade de dizer cresçam e desenvolvam ideias para conseguirem continuar os filmes sem recorrerem a esses planos insípidos.

 

- Ainda nos filmes de terror, os barulhos suspeitos apanham sempre as protagonistas desprevenidas e meias despidas (mas raramente ouço alguém queixar-se… pelo menos no que diz respeito à secção masculina).

 

- Nos filmes em que entrem aviões, nos planos exteriores são sempre exibidos grandes exemplares, tipo o 747, mas quando passa para o interior dos mesmos, nalguns casos é evidente de que se tratam de aviões bem mais pequenos.

- Na grande maioria dos policiais, o polícia em causa só consegue decifrar o caso depois de ter sido suspenso e ter passado obrigatoriamente por uma casa de strip, ou danças exóticas. A verdade é que mais uma vez - a vertente masculina – nunca se queixa.

 

- Polícias honestos e trabalhadores morrem sempre ao serviço e poucos dias antes da reforma. Solução, nunca pedir a reforma, trabalhar até não poder mais – basicamente é isso que o nosso governo pede por isso até nem anda assim tão longe da realidade (pelo menos de algumas realidades).

 

- Quando alguém no cinema tosse, normalmente é sinal de doença grave. Livre-se de algum dos leitores tossir que o melhor mesmo é ir ao médico.

 

- A condução também é algo de estranho lá para os lados de Hollywood. Ora se conduz a olhar para o passageiro, ora se conduz sempre a virar o volante de um lado para o outro… a direcção desses carros está literalmente toda desfeita. E a quantidade de acidentes que evitam olhando para o passageiro?! É uma excelente técnica, eu próprio já a experimentei e resulta… ainda que não a aconselhe.

 

- Batom, rímel e outro tipo de maquilhagem raramente saem durante uma noite fogosa de amor ou mais espectacular ainda… raramente sujam os lençóis e o respectivo ninho do amor. A mesma coisa se passa com o penteado das damas. Depois de tanto amasso acordam lindas e esplendorosas. Conheço muitas pessoas que desejavam ter este dom. Curioso também é que para aquelas bandas depois de uma intensa troca de “carinhos” não há limpeza para ninguém (para quê não é?!) e mais curioso ainda é que acordam juntinhos e abraçadinhos como se alguém conseguisse dormir uma noite inteira com o braço por cima dela ou dele, sem pelo menos sentir um certa dormência.

 

- A dentadura perfeita, brilhante e reluzente nos filmes de época (independentemente da época). Também nessa altura não havia o cigarrinho, isso parecendo que não já ajuda.

 

- E por muito que se coma, beba… raramente se precisa de ao WC. Há bexigas com uma tremenda de uma capacidade.

 

Mas a lista poderia facilmente continuar e decerto que continuará. Na verdade podem sair listas verdadeiramente extensas, pois são imensas as situações tratadas de forma muito semelhante neste nosso meio cinematográfico. Claro que alguns exemplos são pura economia de tempo e planos, outras são provenientes de estruturas narrativas já muito delineadas (e até algo gastas) mas mesmo assim às vezes um bocadinho de mais realidade também não lhes ficava mal. E nós também não nos íamos queixar… digo eu! E utilizando não um cliché mas uma expressão típica, despeço-me de todos com o meu habitual…

 

Até para a semana!

publicado por OlharCrítico às 00:12
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Sexta-feira, 5 de Junho de 2009

Sam Worthington em "Clash of the Titans"

Depois da grande interpretação de Sam Worthington em "Terminator Salvation" (sim, já vi o filme e apesar de algumas falhas escandalosas, na generalidade está aprovado), chega-nos a primeira foto dele como Perseus no aguardado "Clash of the Titans". E à primeira vista, parece-me muito mais bad ass que o Russel Crowe no "Gladiador". Estreia do filme? Só para 2010.

 

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publicado por CinemaBox às 21:08
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Ora digam lá, o que é mais estúpido?...

... um par de M&Ms falantes a trabalhar numa empresa de distribuição de M&Ms, ou um dos camiões da dita empresa transformar-se num robot gigante com um conceito de regras de trabalho um bocado distorcido? A publicidade tem destas coisas...

 

publicado por CinemaBox às 21:05
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David Carradine (1936-2009)

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publicado por CinemaBox às 01:06
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Teaser de "[REC-2]"

 

Apesar de voltar a não mostrar muito em termos de argumento (e de certa forma, ainda bem), foi divulgado o segundo teaser de "[REC-2]", e meus amigos, que beleza de teaser. Vejam aqui em versão YouTube. Data de estreia nas nossas salas, ainda não há nada confirmado, mas aqui ao lado em Espanha está previsto para 9 de Outubro.

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publicado por CinemaBox às 00:27
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