Como não há bela sem senão, depois de ter divulgado os meus favoritos de 2008, decidi nomear as minhas maiores desilusões do ano passado. O critério foi o mesmo, apenas os filmes estreados em Portugal durante todo o ano, com a excepção das categorias. Em vez de listar por performances e aspectos técnicos, decidi optar por géneros, porque o principal problema destes filmes nem foi a parte visual ou representação dos actores, foi principalmente o péssimo argumento. Ah, peço desculpa em relação à pontuação dos titulos nas imagens. Este tipo de letra que utilizei não aceita cedilhas, tiles e afins...
Numa das minhas deambulações virtuais, encontrei aquele que parece ser uma verdadeira pérola no género de filmes de blaxploitation. Esta fantástica mistura entre "Shaft" e o mítico "Onde Pára a Policia?" até me deixou com vontade de deixar crescer a bigodaça e começar a andar na rua com uma fatiota à maneira ao som dos Bee Gees. Ok, estou a exagerar, mas o trailer parece mesmo prometedor. Relativamente a estreias, apenas consegui descobrir que o filme fez a sua primeira e única aparição no Sundance Film Festival. Muito provavelmente nem vai passar cá por Portugal, mas graças ao maravilhoso mundo da partilha solidária de ficheiros virtuais, não deverá ser impossível ver este "Black Dynamite". Agora chega de conversa e deliciem-se com o trailer aqui no site oficial do filme. "Dynamite!... Dynamite!"
Enquanto escrevia a minha lista de 5 nomeados para melhores de 2008 correspondente a cada categoria proposta no desafio lançado pelo Why So Serious? (algo que demorou um bocado mais do que estava à espera, primeiro porque obviamente não vi todos os filmes estreados em Portugal o ano passado e segundo porque para determinadas categorias foi mesmo complicado arranjar 5 nomeados, como a categoria de melhor actriz secundária), lembrei-me de listar o meu favorito de cada dita categoria aqui no blog. Assim, na minha humilde opinião, os melhores de 2008 são:
Como a maioria já sabe, foram divulgados a semana passada os nomeados aos Oscars deste ano. Não vou estar aqui a inserir a lista porque presumo que já toda a gente sabe quem entrou e quem ficou de fora. E quais as minhas reacções aos nomeados? Bem, vou fazer das palavras deste senhor as minhas. Contudo, devo confessar que estou ligeiramente mais conformado depois de ter visto no Close-Up como são realizadas as votações para os Oscares. De qualquer forma continuo a considerar uma grande injustiça que o Christopher Nolan não tenha sido nomeado para melhor realizador nem o tema do Bruce Springsteen do "The Wrestler" para melhor canção.
O que acontece quando nomes como Hugh Jackman, Mickey Rourke, Josh Brolin, Benicio del Toro, Richard Jenkins e Ed Harris se juntam à volta de uma mesa para conversarem descontraidamente sobre a sua profissão? Para saberem a resposta, vejam o video em baixo. (Se quiserem ver mais videos destas sessões de parlapié entre estes e outros actores da indústria cinematográfica, cliquem aqui e aqui)
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Classificação: (9/10) |
É logo no início que começamos a ficar presos ao que se passa no ecrã. A história, além de possuir contornos de fábula, apresenta-se como uma história que é capaz de colocar o espectador a pensar e a reflectir sobre várias questões, sendo que provavelmente a mais importante é mesmo a morte, ou de outra perspectiva a vida, deixando ao vosso critério, qual será a mais importante.
Um homem que vive preso no seu corpo, que nasce velho e vai rejuvenescendo, não o impedindo de viver, apenas obrigando-o a fazer um percurso estranho e curioso em relação a todos os outros. O que verdadeiramente é importante, não é o tempo que se vive mas sim o que se consegue fazer durante esse tempo. As emoções e todos os sentimentos passam assim para o espectador de uma forma fluida, através das revelações do personagem principal, presenteando um relato fiel da sua vida através das memórias na forma de diário. A história é mágica e no seu desenrolar vai sendo apoiada por várias diegeses (narrativas) paralelas, representadas por personagens marcantes, que iniciam Benjamin nas lides do mundo, muito bem interpretadas por grandes actores. A química entre Pitt e Blanchett é notória, e alguns personagens considerados secundários chegam mesmo, nalgumas vezes, a alcançar um estatuto bem mais relevante do que à primeira vista possa parecer.
Tecnicamente o filme está muito acima da média. Uma produção excelente, ou não se tratasse de um filme de época. Uma fotografia aprimoradíssima, com planos que acabam por ser verdadeiros quadros, um guarda-roupa cuidado e efeitos especiais evidentemente trabalhados de forma aprofundada.
Em suma um filme, que apesar da longa duração (não se perderia muito com alguns cortes), consegue sempre cativar o espectador, com sequências magníficas (a da batalha em pleno mar aberto, as imagens da guerra no início e a sequência final), que demonstra a capacidade visionária de David Fincher e que comprova a mestria da soberba realização que encerra. David Fincher é mesmo um dos melhores realizadores da actualidade.
O MELHOR: A realização, o argumento, os actores e as suas interpretações, o primor técnico a todos os níveis.
O PIOR: A duração, e apesar de tudo, o facto de continuar a cair nalguns clichés ligados ao género em si, mas que nunca chegam a colocar a qualidade desta obra em causa. E por outro lado, qual é o filme que não cai em clichés?!?
Depois de um longo periodo de ausência, estou de volta a este meu modesto cantinho cinéfilo da blogosfera, e tal como tinha referido anteriormente, com novidades. Mas antes de mais, tenho de confessar que estas ditas novidades que vos vou revelar, não são propriamente as que tinha pensado originalmente. Na verdade, tinha pensado em deixar o Cinema Box e entregar o leme ao meu caro amigo e colaborador André Santos. Contudo, esta minha paixão pelo cinema é algo que já se encontra profundamente enraízada dentro de mim, e não consigo deixar de dar uma vista de olhos pelo que se passa lá fora a nível cinematográfico e de visitar todos esses excelentes e diversificados blogues de cinema portugueses que na minha opinião, são verdadeiros exemplos de serviço público e reflectem a verdadeira visão do público perante o cinema... Por isso, resolvi voltar, e como já lá vão 2 anos de existência deste estaminé, pensei que também estava na hora de voltar a arrumar a casa. Assim, como podem ver, o visual do Cinema Box mudou consideravelmente. A minha ideia é transmitir um look mais moderno e ao mesmo tempo manter a essência que sempre caracterizou este espaço. Espero que seja do vosso agrado. A outra mudança vai ser na colaboração do André neste espaço. Se tudo correr como o planeado, irão existir algumas novas crónicas assinadas por ele, e as críticas não irão apenas abranger os filmes em estreia nas nossas salas de cinema. Aproveito também para transmitir o meu profundo agradecimento a todos os que mantiveram a fé e continuaram a passar por este cantinho, sempre na esperança de ver se havia mais alguma novidade. Obrigado...
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