Sábado, 24 de Fevereiro de 2007

"Rocky Balboa" - Rocky vs Vida

 

Em todos nós existe a eterna questão do envelhecimento, de como vamos enfrentá-lo, de como vamos ser, ou até mesmo se um dia conseguiremos lá chegar. Rocky acaba por nos dar uma tremenda lição de vida, sem qualquer tipo de exagero de “moralismos”. Talvez seja por isso, que ao vermos o filme seja impossível, não esboçarmos um sorriso com diálogos tão aproximados do real, com tanta naturalidade e acima de tudo transmitidos da mesma forma. É um realismo surreal, (perdoem-me o contracenso e o jogo de palavras), vermos o desenrolar das questões que vão sendo descobertas com o avançar da história. E nada melhor que começar pelo início, onde tal como Rocky a cidade de Filadélfia está completamente ao esquecimento, dito de outra maneira, envelhecida mas a vida não é só “sunshines and rainbows”. Rocky aparece como um homem mudado, Adrien morreu, o seu filho exige demais do seu pai sem antes conseguir exigir a ele próprio e à mistura aparece um típico mastodonte, mais novo, mais preparado física e emocionalmente que vem pôr em ebulição todos os sentimentos guardados dentro de Rocky. Tudo está dito, feito e filmado de uma forma tão simplista quanto envolvente, Stallone é Rocky, vive e respira da mesma forma, e acima de tudo quer despedir-se do personagem com uma sentida homenagem. Objectivo amplamente alcançado. Do ponto de vista técnico, o filme não trás nada de novo, os planos são eficazes conseguindo na totalidade demonstrar o que é pretendido, adorei a conversa entre pai e filho à porta do restaurante, e confesso que detestei o único minuto que reservaram para o treino, que me parece de todo mal aproveitado e sem qualquer tipo de nexo. De notar as inovações no combate, com o jogo de preto e branco e cor, e a imagem televisiva que na verdade é um convite a estarmos a levar com os salpicos de suor como se ao pé do ringue, da vida, conseguíssemos estar. E no fim é como todos dizem, só nos apetece ver os créditos passar e lembrar com nostalgia que Rocky é daqueles personagens do cinema que vai ficar para todo o sempre, goste-se ou não.
publicado por OlharCrítico às 15:23
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