Esta semana vou deixar, ainda que muito ligeiramente, o cinema um pouco de lado, principalmente devido à onda de choque com que fui invadido ontem enquanto via televisão e a emissão foi interrompida para dar a notícia da morte do cantor Michael Jackson. Não é que considerasse o senhor imortal até porque a aparência poderia indicar tudo menos imortalidade e também não é que seja um fã incondicional ainda que partilhasse um imenso gosto por algumas das suas obras mas é acima de tudo um choque porque ficámos privados de mais um génio e de um criador fora do comum. Desta feita a sua velocidade de pés e agilidade física não foram suficientes para fintar aquilo que o destino um dia mais tarde partilha e reserva para todos nós.
A sua música não só marcou uma inteira geração como também influenciou diversos músicos. Michael Jackson tinha um estilo inconfundível, praticamente iniciou um estilo de dança totalmente novo, introduzindo os elementos das agora entre nós tão conhecidas técnicas de dança, como o robot e o moonwalk. A sonoridade musical que misturava black music e disco facilmente entra no ouvido. E goste-se ou não, tinha uma voz com um timbre característico e muito próprio. É impossível não se falar deste cantor sem nos virem logo à cabeça uma enormidade de canções e êxitos conforme os gostos de cada um.
Thriller ainda é apenas e só o álbum mais vendido da história, o videoclip da mesma música continua a ser um dos mais espectaculares de sempre e dos mais caros da altura. São imensos os exemplos que poderiam ser referidos tais como; Billie Jean, Bad, The Way You Make Me Feel, I Just Can´t Stop Loving You, Man In The Mirror, Don´t Stop Til You Get Enough, Beat It, Black or White, They Don´t Care About Us, Scream, Invencible entre muitos outros. Os números ligados à grande maioria destes singles são simplesmente arrebatadores e evidenciam o poderio musical que Jackson representava e indiscutivelmente representa.
Porém a carreira de Michael Jackson não foram só sucessos. Vários escândalos, alguns difíceis de contornar, acabaram por encobrir o anterior sucesso do cantor e que largamente foram ampliados pela imprensa no geral. As suas “macacoas” faziam de Jackson um alvo tentador e foram várias as vezes em que esteve debaixo das luzes dos holofotes mas não pelas melhores razões. À parte de acusações de pedofilia, de bebés pendurados na varanda e de outras situações menos felizes, Jackson possuía também um coração solidário.
Desde concertos de caridade para crianças e jovens, a gravações de canções para angariar fundos para as vítimas do 11 de Setembro, à criação de associações de ajuda humanitária com músicas como Heal The World, a músicas de cariz ambiental e uma das minhas preferidas de toda a sua discografia com um videoclip muito representativo, Earth Song, Jackson partilhava assim com o mundo a sua posição e as suas preocupações.
É isso que fica na sua despedida. A música, o estilo inconfundível, os sons, a sua originalidade e genialidade e a sua passagem por Portugal bem como as suas palavras, “I Love You” no início e “Peace” na despedida. Fica para os fãs aqui a minha palavra de reconhecimento por um talento inato, uma palavra de apreço à impressão inextinguível que trouxe e deu ao mundo da música e cultura deixando-as para sempre marcadas. Michael Jackson era e é “O Rei do Pop” para o qual um adeus é pouco… prefiro sempre deixar um simples até já a uma estrela que dificilmente irá deixar de brilhar…
Até para a semana!
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