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Classificação: (10/10) |
Aeroplano surgiu numa altura em que as comédias non-sense ainda não estavam institucionalizadas. Talvez por isso, conseguissem apresentar-se como sendo originais e profundamente divertidas. Ao rever esta pérola, ainda consegui soltar algumas gargalhadas e muitos sorrisos, a partir de piadas (que de facto continham piada) e com sequências desconexas que apesar de o serem ainda conseguem ser eficazes, libertando no espectador essa resposta fisiológica que é o riso. Esta ideologia nos tempos que correm, a meu ver, perdeu-se por completo. Acabando por dar origem a filmes completamente insípidos no significado da palavra comédia, e acima de tudo que mais fazem chorar (de tão maus serem) do que propriamente conseguem fazer rir. Aeroplano foi realizado por Jim Abrahams realizador de “Hot Shots”, outro grande exemplar do cinema de paródia, e David Zucker realizador de “Scary Movie 3” e “The Naked Gun: From the Files of Police Squad!”
De On_The_Stage a 2 de Março de 2009
Esta rubrica (se assim se pode chamar) reveste-se de todo o interesse. Afinal o Cinema não é apenas actualidade, os efeitos especiais, as produções megalómanas e as quantias astronómicas de dinheiro gasto e ganho na produção e comercialização dos filmes. O Cinema é também passado. Recheado de simplicidade, de amadorismo, de muito amor à arte. Por tal, foi com muito agrado e espanto que me deparei com duas críticas a filmes de uma década tão pródiga como conturbada nas artes…
É tão bom quando a nossa memória é reavivada e encaminhada de novo para momentos de felicidade simples e inocente, como os da nossa infância e juventude, quando as preocupações passavam apenas por tentar “galar” miúdas, escolher o laço perfeito para o cabelo ou então pensar que o fim do mundo estava a chegar por termos uma borbulha a crescer bem na ponta do nariz…
E é a esse tempo que viajo quando vejo as imagens e leio as críticas a esses filmes. Por esse conforto e reavivamento de memória agradeço o vosso trabalho e paixão.
Todavia uma sugestão. Sendo um conteúdo diferente do contexto habitual do vosso blog, sugeria que “encaixilhassem” a rubrica, arranjassem algo que a individualizasse e não lhe chamassem crítica. Que tal “Regresso ao Passado”, ou “Os Gloriosos anos 80” (para criar vocês serão muito melhores que eu) ilustrado com algumas imagens cinematográficas alusivas a essa época.
Mais uma vez afirmo, por tal chamada de atenção apresento as minhas mais sinceras desculpas, mas o nosso papel como vossos “fregueses” é também ajudar a melhorar o serviço prestado por vós.
Saudações Cinéfilas
Caro On_The_Stage,
Na altura quando decidimos incluir críticas não só dos filmes acabados de estrear, mas também dos denominados clássicos, falámos realmente se seria pertinente criar um espaço próprio para estas. Como a ideia original seria criar uma lista de críticas catalogadas por décadas, pessoalmente não me pareceu adequado criar um rubrica própria para os ditos clássicos. Mas de facto, isto foi sempre algo que nunca ficou bem definido, e nem imaginas como te estou agradecido por teres mencionado isso, porque esse teu feedback demonstra que pelo menos a 1 pessoa agrada esse tipo de rubrica, o que leva a que tenhamos de pensar nisso de novo, sempre com o objectivo de melhorar e evoluir este cantinho da blogoesfera, porque afinal de contas, não gostamos de escrever para o vento... todo o tipo de opiniões e sugestões são sempre bem-vindas. Prometo que vamos pensar seriamente nisso ;)
Cumprimentos e obrigado pela visita =)
De On_The_Stage a 3 de Março de 2009
Caro Cinemabox, não estava à espera do seu comentário. Gostaria apenas de lhe dizer que admiro a sua capacidade e do seu colega de conseguirem partilhar com o mundo a vossa paixão pelo Cinema, evidente pelo trabalho que têm feito desde o início do blog. O certo é que vocês têm de ter implícito no vosso passatempo que há pessoas que gostam de vos seguir e que até poderão guiar as suas escolhas pelo que vocês apresentam.
Quero acima de tudo saudar a vossa dedicação, abertura e a disponibilidade que mostram em querer melhorar. Relembrem sempre o que vos impulsionou para a criação deste espaço e tenham sempre esse sentimento presente, principalmente quando o mais fácil é desistir e deixar andar. O fazer mais e melhor, mesmo que não parta de nós nunca deve ser sinónimo de vergonha, mas sempre de mérito e orgulho. É uma afirmação de carácter.
Aceitem as sugestões, não como crítica, mas como forma de presentear quem vos segue e quem dedica algum tempo do seu para vos ver e ler.
As melhores Saudações.
On_The_Stage
Caro OTS,
As suas palavras continuam a ser prova de um profundo apreciador de cinema e de todos os meandros que o rodeiam. As palavras repletas de nostalgia, e essa foi uma das razões pela qual iniciamos este “espaço”, para podermos recordar o que outrora foram os grandes (ou não) êxitos do cinema, e através dessa passagem temporal percebermos o quanto o cinema mudou em toda a sua extensão. É verdade quando diz que o cinema é muito mais do produções megalómanas, efeitos especiais e afins, e quem me conhece sabe o quanto eu me revejo nessa linha de pensamento. Dessa feita, o que nos é apresentado de uma forma simples (e não no sentido negativo que a palavra por vezes pode assumir) é na verdade realmente o mais eficaz. Este tema é perceptível, não só na década em questão mas em muitas outras décadas de cinema. Essa simplicidade de mão dada com uma eficácia tremenda conseguiam e ainda conseguem, na grande maioria das vezes, resultar em grandes filmes que ficam obrigatoriamente para a história. E que saudades tenho, confesso, de alguns filmes dessa época.
Abro aqui um pequeno parênteses antes de passar ao aspecto seguinte. Durante os meus tempos de estudante (sim já tenho saudades, é verdade), e no meu percurso académico, encontrei um professor que tinha um feitio, vamos chamar-lhe “difícil”. Na verdade ele “implicava” (discutia por pequenas asneiras que fazíamos, falava alto, etc.) com um determinado grupo restrito de alunos. Eram sempre os mesmos, e nos quais ele me incluía. Certo dia desesperado, insurgi-me contra o senhor, e perguntei-lhe (quase a roçar a má educação), porque é que ele o fazia. A resposta dele foi algo que, apesar de ser frase feita, nos soube bem ouvir. “Eu só discuto porque acho que vocês podem melhorar”. É que ele só tinha aquele tipo de comportamento com quem achava que de alguma forma mostrava competências no trabalho que apresentávamos. Era a maneira dele “investir” em nós, ainda que na altura isso nos tirasse do sério.
E isto tudo para chegar à sua crítica (sugestão) que reconheço mais uma vez, se reveste de todo o interesse e pertinência. Dessa forma e recorrendo às palavras do criador do blog, “é algo que vamos pensar seriamente”. Mais ainda lhe digo, que todas as opiniões são realmente bem-vindas e extremamente úteis neste serviço que tentamos prestar aos nossos “fregueses”, com o intuito de sermos sempre melhores. É que só assim as coisas têm verdadeiramente razão de ser.
Cumprimentos cinéfilos
A.S.
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