Mais uma noite de Óscares e esta sem dúvida, uma para ficar na memória. A abrir um novo apresentador que diga-se de passagem, simplesmente foi fabuloso. Hugh Jackman cantou, dançou, iniciou a cerimónia com um número fantástico que terminou com uma ovação de pé da plateia. Que era bom actor eu já não tinha dúvidas, agora dançar – e com algumas coreografias particularmente complexas – foi para mim uma novidade. Uma palavra resume tudo, notável.
Cerimónia em si, com bastantes alterações que a meu ver apenas beneficiaram a mesma. Com muita fluidez e ritmo, e acima de tudo recorrendo a blocos definidos pelas categorias, e os cinco nomeados de cada categoria a serem apresentados pelos cinco vencedores da ultima edição, fez com que esta 81ª emissão dos Óscares fosse uma das mais agradáveis de visionar dos últimos anos.
Quanto às estatuetas propriamente ditas, nada de muito importante a assinalar. Talvez a maior surpresa para mim tenha sido mesmo Penélope Cruz, mas bem vistas as coisas, apresenta-nos uma interpretação bastante trabalhado, pelo que acabo por ter que reconhecer que foi muito bem entregue. Quanto a Mickey Rourke, apesar de considerar ter tido uma interpretação exemplar, Sean Penn também brilha e simplesmente aos olhos da Academia, brilhou um pouco mais. Também gostaria de ter visto David Fincher como melhor realizador, mas contra factos não há argumentos. “Slumdog Millionaire” é efectivamente um grande filme, e reveste-se acima de tudo por uma vitória de um “pequeno” estúdio contra um “grande” estúdio.
O momento mais emotivo foi mesmo a entrega do Óscar a Heath Ledger. Para mim porque nos apresentou uma das melhores, se não mesmo a melhor, interpretação de sempre sem lhe podermos transmitir isso pessoalmente. Mas por outro lado devido à tragédia que todos já conhecemos … e aqui ficará sempre a questão, se ele não tivesse morrido será que teria até sido nomeado? Jorge Mourinha, apresenta uma frase que de certa forma evidencia essa possível dualidade e passo a citá-lo, “O prémio de Ledger estava praticamente ganho à partida devido à trágica morte do actor entre o término da rodagem e a estreia ( …)”.
Pena foi que Benjamim Button tenha sido tão pouco reconhecido, e trata-se também de um grande filme, mas a noite era mesmo de Slumdog Millionaire… e aquilo que está destinado, dificilmente se contraria… e apesar de todas as contrariedades que foram sofrendo durante a produção, estava mesmo destinado a brilhar.
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