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Classificação: (7.5/10) |
Depois do sucesso de “No Country For Old Men” os irmãos Coen voltam a trazer-nos um filme mais na sua linha, se assim se pode chamar. A história, essa só mesmo vê-la porque contada ninguém iria acreditar e ao fim de alguns minutos iria perceber-se que seria praticamente impossível contá-la. Com tamanhas reviravoltas e mal entendidos só poderia mesmo dar numa “comédia” com uma grande dose de humor negro e uma imensa capacidade de nos auto-criticarmos. Este tom “cómico” é muito bem gerido pelos realizadores e vai crescendo com o desenrolar da narrativa, tocando por vezes em aspectos mais sérios, que acabam por deixar o espectador sem saber bem como reagir. A paranóia que se vive à volta da vigilância que todos sofremos, e o diálogo no final do filme são simplesmente fabulosos expondo todo o conceito existente na película. A realização é muito segura e eficaz, conseguindo implementar um ritmo bastante coeso e fluido. A somar a isto, o facto de as transições entre planos e sequências serem feitas de forma bastante simples, recorrendo preferencialmente ao corte ao invés de grandes e trabalhadas transições, que acabam por resultar em pleno. Às vezes a simplicidade é mesmo o que melhor funciona. O elenco fala por si só, e já todos conhecemos as suas capacidades.
É um filme interessante e que dá muito prazer ver. Todavia não passa disso mesmo. Não marca, nem o pretende fazer, comporta-se mais como um elemento de descompressão. E talvez por isso não satisfaça muitos. Porém e na minha opinião, trata-se de um filme a ver.
O MELHOR: A sequência final do filme. Soberba.
O PIOR: Falta-lhe algum “sumo” para ser uma obra verdadeiramente marcante.
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